Controvérsia: Hereditariedade vs Meio
Esta é uma questão abordada durante as aulas, que por si só gera uma controvérsia visto que não há uma unanimidade em relação a esta questão. Será a hereditariedade o principal factor de crescimento/desenvolvimento do ser humano? Será que, por outro lado, nós somos "produto" na interacção com o meio que nos rodeia? Será que tanto a hereditariedade como o meio são importantes e se relacionam entre si? O documentário que mostramos em seguida, é um exemplo claro de toda a controvérsia que se gera à volta deste tema.
Genie é o pseudónimo pelo qual ficou conhecida Susan M. Wiley. Genie nasceu em 18 de Abril de 1957 e viveu praticamente todos os seus primeiros 13 anos completamente isolada da sociedade. Foi descoberta pelas autoridades de Los Angeles a 4 de Novembro de 1970.
Esta é uma questão abordada durante as aulas, que por si só gera uma controvérsia visto que não há uma unanimidade em relação a esta questão. Será a hereditariedade o principal factor de crescimento/desenvolvimento do ser humano? Será que, por outro lado, nós somos "produto" na interacção com o meio que nos rodeia? Será que tanto a hereditariedade como o meio são importantes e se relacionam entre si? O documentário que mostramos em seguida, é um exemplo claro de toda a controvérsia que se gera à volta deste tema.
Genie é o pseudónimo pelo qual ficou conhecida Susan M. Wiley. Genie nasceu em 18 de Abril de 1957 e viveu praticamente todos os seus primeiros 13 anos completamente isolada da sociedade. Foi descoberta pelas autoridades de Los Angeles a 4 de Novembro de 1970.
Quando descoberta, Genie desconhecia a linguagem e obteve um desempenho equivalente ao de uma criança de quinze meses de idade num teste cognitivo.Genie foi o quarto filho de um casal problemático, Irene e Clark Wiley. A sua mãe era parcialmente cega devido a uma catarata e um descolamento de retina. O seu pai era depressivo e apresentava um desequilíbrio mental. Com a idade de vinte meses, quando Genie, em condições normais, iria começar a aprender a falar, um médico anunciou que era lenta, provavelmente retardada. O pai de Genie levou este diagnóstico ao extremo e, com o intuito de protege-la, privou-a de todo contacto com a sociedade.
Genie passava os dias presa a um penico e, à noite, quando não era ali esquecida, era colocada num berço fechado com barras de aço. Sempre que tentava falar, o seu pai batia-lhe e proibia qualquer pessoa de lhe dirigir a palavra. Durante este período, Genie ficou presa sem manter qualquer contacto linguístico com quem quer que fosse. Genie tornou-se quase muda e babava-se como uma criança, sendo capaz de pronunciar apenas algumas palavras como "stop" e "no more". Levou muito tempo até aprender a comportar-se como uma pessoa normal.
Genie passava os dias presa a um penico e, à noite, quando não era ali esquecida, era colocada num berço fechado com barras de aço. Sempre que tentava falar, o seu pai batia-lhe e proibia qualquer pessoa de lhe dirigir a palavra. Durante este período, Genie ficou presa sem manter qualquer contacto linguístico com quem quer que fosse. Genie tornou-se quase muda e babava-se como uma criança, sendo capaz de pronunciar apenas algumas palavras como "stop" e "no more". Levou muito tempo até aprender a comportar-se como uma pessoa normal.
- Crianças que cresceram com contacto humano mínimo, ou mesmo nenhum.
- Elas constituem uma espécie de grau zero do desenvolvimento humano, ensinam-nos o que seríamos sem os outros, mostram de forma abrupta a fragilidade da nossa animalidade, revelam a raiz precária da nossa vida humana.
- A sua capacidade para aprenderem uma língua no seu regresso à sociedade humana é muito variada. Algumas nunca aprendem a falar, outras aprendem algumas palavras, outras ainda aprenderam a falar correctamente o que provavelmente indicia que tinham aprendido a falar antes do isolamento.
- A maioria das crianças selvagens não gosta da companhia humana e percorrem longas distâncias para a evitar.
-Algumas crianças selvagens não mostram interesse algum noutras crianças da sua idade nem nos jogos que estas jogam.
As crianças selvagens não se riem ou choram, apesar de eventualmente poderem desenvolver alguma ligação afectiva. Manifestam pouco ou nenhum controlo emocional e, muitas vezes, têm ataques de raiva podendo então exibir uma força particular e um comportamento claramente selvagem. Algumas destas crianças têm ataques de ferocidade ocasionais, mordendo ou arranhando outros ou até eles mesmo.
A Psicologia do Desenvolvimento estuda os casos das crianças selvagens na medida em que se dedica ao estudo das mudanças no pensamento e no comportamento que ocorrem ao longo de todo o ciclo de vida humano. Esta área preocupa-se não só em identificar estas mudanças mas também em descobrir os motivos pelos quais estas mudanças ocorrem, e como ocorrem.
Opiniões do Grupo:
Gabriel
O caso da Genie demonstra de forma exemplar a ferocidade do debate que existe acerca do influência da hereditariedade e do meio no desenvolvimento do ser humano. Possivelmente, Genie não se desenvolveu normalmente devido ao isolamento social e ambiental a que foi sujeita.Mas surge um problema: um médico adiantou que Genie sofria de um atraso mental...será que esta limitação genética levaria a criança a um estado semelhante ao qual em que foi encontrada...Talvez ...mas provavelmente não ou pelo menos não num estado tão precário em termos cognitivos.
De qualquer das formas o caso desta menina deveria ter sido melhor explorado;e com isto não digo que devia ter sido testada até aos limites como são "desumanamente" os animais;afirmo antes que esta rapariga devia ter sido sempre acompanhada pela mesma equipa de psicólogos com papel de pais adotivos que lhe oferecessem o amor, a liberdade, a vida de que foi privada.Através destas observações directas e espontâneas penso que seria mais fácil avançar nesta temática e simultaneamente lutar pela dignidade da vida humana