Diferenças em função do sexo/género:
- Desempenho a Matemática – Quest, Hyde& Lynn, 2010
Meta-análise dos estudos TIMSS (TrendsinInternationalMathematicsand
ScienceStudy) e PISA (Programmefor InternationalStudentAssessment)
Equidade de género nos estudantes matriculados, a partilha, por parte
das mulheres, de trabalhos de investigação e de lugares no Parlamento
são, paradoxalmente, os maiores preditores da variabilidade entre
nações nas diferenças de género nas atitudes e afeto em relação à
matemática (ex. comparações intra-grupo em países menos equitativos e
mais inter-grupo em países mais equitativos ou diferentes prioridades de
acordo com a pirâmide de necessidades de Maslow);
As raparigas terão um nível de desempenho matemático semelhante aos
rapazes quando são encorajadas a ser bem sucedidas, quando lhes são
dadas ferramentas educativas e quando existem modelos femininos de
excelência matemática (ex. teoria social cognitiva de Bandura, Betz&
Hackett, 1981, 1983, 2006).
QI médio –adultos
NSE (nível sócio-económico)
baixo= 85-108
alto = 111-135
Etnia
Branca= 100
Asiática= 97
Hispânica= 87
Negra= 85
(Jensen, 1980)
Diferenças em função do sexo/género:
Capacidade verbal
Diferenças qualitativas
Raparigas aprendem a falar mais cedo, apresentam menos
perturbações da fala (gaguez, dislexia, …), melhor fluência no
vocabulário,…(mais evidentes até4/5 anos e por volta dos 11)
Geral
F > M
d = .25 (Maccoby& Jacklin,1974)
d = .11 (Hyde& Linn, 1988)
-factores geracionais
-seletividadeda amostra
Diferenças em função do sexo/género:
Tipos de capacidade verbal
F = M vocabulário
F = M compreensão verbal
F < M analogias
F > M anagramas
F > M produção escrita
F < M produção de discurso (quantitativa)
F > M produção de discurso (qualitativa)
F > M capacidade verbal geral
Diferenças em função do sexo/género:
Capacidade numérica
Geral
M > F (diferenças são mais nítidas)
d = .45 (Maccoby& Jacklin,1974)
d = .20 (total); d = .15 (sem SAT); d = -.05
(população geral) (Hyde& Linn, 1988)
Conteúdos
F = M em aritmética, álgebra
F < M na SAT matemática (geometria,
probabilidades, resolução de problemas)
Diferenças em função do sexo/género
Capacidade numérica –fatores em interacção
Idade
< 15 anosF > M
> 15 anos F < M
Tipo de Capacidade (conteúdos com progressão da escolaridade)
cálculoF > M
resolução de problemas F < M
conceitos básicosF = M
Seletividadeda amostra (abandono com progressão da escolaridad
não selecionada F > M (d = -.05)
moderadamente selecionadaF < M (d = .33)
muito selecionada F < M (d = .54)
sobredotados F < M (d = .35 a .43)
Diferenças em função do sexo/género:
Capacidade espacial
Capacidade para representar, transformar e armazenar
informação simbólica não linguística ou numérica (e.g.
imaginar posições e movimentos de objetosno espaço);
Existem 3 tipos: perceçãoespacial, visualização espacial e
rotação mental.
Maior diferenciação entre os sexos.
Geral
F < M
d = .50 (Block,1977)
Tipo de capacidade
perceçãoespacialF < Md = .44
rotação mentalF < Md = .73
visualização espacialF = M d = .13
Diferenças em função do sexo/género
Visualização espacial
Identificação de figuras simples entre
figuras complexas
M > F d = .13
Implica mobilização de processos
diferentes, por exemplo, estratégias
metacognitivas que orientem a escolha
das estratégias de resolução;
Diminuição ou ausência de diferenças
entre os sexos: possibilidade de
utilização de estratégias diferentes.
Diferenças intelectuais em função do sexo:
Perceçãoespacial
Perceção de horizontais e verticais no
espaço, a partir de indicadores que
permitam estabelecer comparações
(e.g. Rod and Frame Test, RFT)
M > F (a partir dos 8 anos)
d = .44
♂ privilegiam critérios posturais ou
gravitacionais (mais dependentes de si
próprios)
versus
♀ privilegiam critérios visuais (mais
dependentes da situação)
Diferenças em função do sexo/género:
Rotação mental
Rotação de um objecto no
espaço (2 ou 3 dimensões)
(e.g. Mental RotationTest)
M > Fa partir dos 13 anos
d = .73
♂ recorrem a estratégias
globais (abstracção)
versus
♀ recorrem estratégias mais
analíticas (raciocínio lógico)
Diferenças mais relevantes entre os sexos
nas tarefas de rotação mental:
PORQUÊ?
- lateralização cerebral
Buffery& Gray(1972)
Melhor capacidade espacial dos homens deve-se à sua menor especialização
hemisférica.
Levy(1976)
Melhor capacidade espacial dos homens deve-se à sua maior especialização
hemisférica (conexões neuronais mais simples, menor interferência com a
capacidade verbal).
♂ ♂: maior especialização hemisférica, i.e., utilizam preferencialmente o
hemisfério direito para resolver tarefas espaciais.
versus
♀ ♀: menor especialização hemisférica, i.e., utilizam os dois hemisférios para
resolver tarefas espaciais.
Como o processamento da informação verbal se sobrepõe ao processamento
da informação espacial, o desempenho das mulheres é inferior ao dos homens
em tarefas espaciais, particularmente na rotação mental.
Maturidade Sexual
Precoce verbal > espacial
Tardia verbal < espacial
Correlações:
visualização espacial e QI
visualização espacial e capacidade verbal (F)
visualização espacial e capacidade espacial (M)
Diferenças visíveis apenas se QI suficiente
Redução das diferenças com as gerações
Diferenças entre homens e mulheres:
Inteligência estimada e inteligência avaliada
(Furnham, 2001; Neto & Furnham, 2006, Neto, Furnham & Paz, 2007)
a) Correlações de cerca de .30 entre inteligência auto-estimada
e inteligência avaliada psicometricamente;
b) Os homens tendem a estimar valores mais elevados de
inteligência geral;
c) Os homens tendem a estimar valores mais elevados de
inteligência lógico-matemáticae espacial;
d) As pessoas tendem a estimar a inteligência dos outros de
modo semelhante àforma como estimam a sua própria
inteligência;
e) As pessoas tendem a acreditar que existe uma evolução
geracional da inteligência (cada geração émais inteligente
do que as anteriores).
Diferenças em função das gerações
O efeito Flynn
Foi observado um aumento, por geração, de 9 pontos na inteligência
cristalizada e de 15 pontos na inteligência fluida (e.g. Matrizes
Progressivas de Raven) atribuídos àinfluência de factores materiais e
sociais (nutrição, urbanização, TV) (Flynn, 1984, 1987, 1994);
Entre 1947 e 2002, os ganhos nas provas de aritmética, vocabulário e
informação da WISC são de apenas 3 pontos, enquanto que nas matrizes
de Ravensão de 27.5 (Flynn, 2007);
Estimulação ambiental e escolar parece promover sobretudo a
capacidade das crianças para a resolução de problemas
descontextualizados, uma vez que o aumento nos níveis de raciocínio
específicos (e.g. aritmético, vocabulário, criatividade e velocidade de
aprendizagem) são bastante mais modestos (Flynn, 1998; 2007).
Diferenças em função das gerações
CONCLUSÕES
QI aumenta com as gerações, sendo bastante provável a influência de
factores materiais e sociais;
Parece ter aumentado sobretudo a capacidade de lidar com problemas
abstratos(fluida, operações formais de Piaget) e não tanto com problemas
concretos (cristalizada) –diferentes aspectos da inteligência são
reforçados em diferentes gerações/contextos.
Sobredotação deve ser avaliada em termos relativos e não absolutos;
Previsão de diminuição da capacidade intelectual das sociedades,
baseada numa perspectiva de transmissão excessiva de patrimónios
genéticos considerados de menor qualidade (NSE baixo), não se verifica.
QI médio –adultos
NSE (nível sócio-económico)
baixo= 85-108
alto = 111-135
Etnia
Branca= 100
Asiática= 97
Hispânica= 87
Negra= 85
(Jensen, 1980)
Diferenças em função do sexo/género:
Capacidade verbal
Diferenças qualitativas
Raparigas aprendem a falar mais cedo, apresentam menos
perturbações da fala (gaguez, dislexia, …), melhor fluência no
vocabulário,…(mais evidentes até4/5 anos e por volta dos 11)
Geral
F > M
d = .25 (Maccoby& Jacklin,1974)
d = .11 (Hyde& Linn, 1988)
-factores geracionais
-seletividadeda amostra
Diferenças em função do sexo/género:
Tipos de capacidade verbal
F = M vocabulário
F = M compreensão verbal
F < M analogias
F > M anagramas
F > M produção escrita
F < M produção de discurso (quantitativa)
F > M produção de discurso (qualitativa)
F > M capacidade verbal geral
Diferenças em função do sexo/género:
Capacidade numérica
Geral
M > F (diferenças são mais nítidas)
d = .45 (Maccoby& Jacklin,1974)
d = .20 (total); d = .15 (sem SAT); d = -.05
(população geral) (Hyde& Linn, 1988)
Conteúdos
F = M em aritmética, álgebra
F < M na SAT matemática (geometria,
probabilidades, resolução de problemas)
Diferenças em função do sexo/género
Capacidade numérica –fatores em interacção
Idade
< 15 anosF > M
> 15 anos F < M
Tipo de Capacidade (conteúdos com progressão da escolaridade)
cálculoF > M
resolução de problemas F < M
conceitos básicosF = M
Seletividadeda amostra (abandono com progressão da escolaridad
não selecionada F > M (d = -.05)
moderadamente selecionadaF < M (d = .33)
muito selecionada F < M (d = .54)
sobredotados F < M (d = .35 a .43)
Diferenças em função do sexo/género:
Capacidade espacial
Capacidade para representar, transformar e armazenar
informação simbólica não linguística ou numérica (e.g.
imaginar posições e movimentos de objetosno espaço);
Existem 3 tipos: perceçãoespacial, visualização espacial e
rotação mental.
Maior diferenciação entre os sexos.
Geral
F < M
d = .50 (Block,1977)
Tipo de capacidade
perceçãoespacialF < Md = .44
rotação mentalF < Md = .73
visualização espacialF = M d = .13
Diferenças em função do sexo/género
Visualização espacial
Identificação de figuras simples entre
figuras complexas
M > F d = .13
Implica mobilização de processos
diferentes, por exemplo, estratégias
metacognitivas que orientem a escolha
das estratégias de resolução;
Diminuição ou ausência de diferenças
entre os sexos: possibilidade de
utilização de estratégias diferentes.
Diferenças intelectuais em função do sexo:
Perceçãoespacial
Perceção de horizontais e verticais no
espaço, a partir de indicadores que
permitam estabelecer comparações
(e.g. Rod and Frame Test, RFT)
M > F (a partir dos 8 anos)
d = .44
♂ privilegiam critérios posturais ou
gravitacionais (mais dependentes de si
próprios)
versus
♀ privilegiam critérios visuais (mais
dependentes da situação)
Diferenças em função do sexo/género:
Rotação mental
Rotação de um objecto no
espaço (2 ou 3 dimensões)
(e.g. Mental RotationTest)
M > Fa partir dos 13 anos
d = .73
♂ recorrem a estratégias
globais (abstracção)
versus
♀ recorrem estratégias mais
analíticas (raciocínio lógico)
Diferenças mais relevantes entre os sexos
nas tarefas de rotação mental:
PORQUÊ?
- lateralização cerebral
Buffery& Gray(1972)
Melhor capacidade espacial dos homens deve-se à sua menor especialização
hemisférica.
Levy(1976)
Melhor capacidade espacial dos homens deve-se à sua maior especialização
hemisférica (conexões neuronais mais simples, menor interferência com a
capacidade verbal).
♂ ♂: maior especialização hemisférica, i.e., utilizam preferencialmente o
hemisfério direito para resolver tarefas espaciais.
versus
♀ ♀: menor especialização hemisférica, i.e., utilizam os dois hemisférios para
resolver tarefas espaciais.
Como o processamento da informação verbal se sobrepõe ao processamento
da informação espacial, o desempenho das mulheres é inferior ao dos homens
em tarefas espaciais, particularmente na rotação mental.
Maturidade Sexual
Precoce verbal > espacial
Tardia verbal < espacial
Correlações:
visualização espacial e QI
visualização espacial e capacidade verbal (F)
visualização espacial e capacidade espacial (M)
Diferenças visíveis apenas se QI suficiente
Redução das diferenças com as gerações
Diferenças entre homens e mulheres:
Inteligência estimada e inteligência avaliada
(Furnham, 2001; Neto & Furnham, 2006, Neto, Furnham & Paz, 2007)
a) Correlações de cerca de .30 entre inteligência auto-estimada
e inteligência avaliada psicometricamente;
b) Os homens tendem a estimar valores mais elevados de
inteligência geral;
c) Os homens tendem a estimar valores mais elevados de
inteligência lógico-matemáticae espacial;
d) As pessoas tendem a estimar a inteligência dos outros de
modo semelhante àforma como estimam a sua própria
inteligência;
e) As pessoas tendem a acreditar que existe uma evolução
geracional da inteligência (cada geração émais inteligente
do que as anteriores).
Diferenças em função das gerações
O efeito Flynn
Foi observado um aumento, por geração, de 9 pontos na inteligência
cristalizada e de 15 pontos na inteligência fluida (e.g. Matrizes
Progressivas de Raven) atribuídos àinfluência de factores materiais e
sociais (nutrição, urbanização, TV) (Flynn, 1984, 1987, 1994);
Entre 1947 e 2002, os ganhos nas provas de aritmética, vocabulário e
informação da WISC são de apenas 3 pontos, enquanto que nas matrizes
de Ravensão de 27.5 (Flynn, 2007);
Estimulação ambiental e escolar parece promover sobretudo a
capacidade das crianças para a resolução de problemas
descontextualizados, uma vez que o aumento nos níveis de raciocínio
específicos (e.g. aritmético, vocabulário, criatividade e velocidade de
aprendizagem) são bastante mais modestos (Flynn, 1998; 2007).
Diferenças em função das gerações
CONCLUSÕES
QI aumenta com as gerações, sendo bastante provável a influência de
factores materiais e sociais;
Parece ter aumentado sobretudo a capacidade de lidar com problemas
abstratos(fluida, operações formais de Piaget) e não tanto com problemas
concretos (cristalizada) –diferentes aspectos da inteligência são
reforçados em diferentes gerações/contextos.
Sobredotação deve ser avaliada em termos relativos e não absolutos;
Previsão de diminuição da capacidade intelectual das sociedades,
baseada numa perspectiva de transmissão excessiva de patrimónios
genéticos considerados de menor qualidade (NSE baixo), não se verifica.
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