Campeã de atletismo aos 70 anos
Com 70 anos, Maria Joaquina Flores é a atleta mais medalhada de
Portugal. Perde-se a conta às taças, troféus, medalhas e condecorações
guardadas no minimuseu que tem em casa de Vale Milhaços, no Seixal. O
segredo, diz, está no sorriso com que enfrenta cada etapa da carreira
que começou aos 49 anos.
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A fama conquistou-a precisamente no estrangeiro, onde foi apelidada de Maria de Portugal, após ter ganho os 10 mil metros pista num campeonato do Mundo nos Estados Unidos da América. "Maria de Portugal nunca bebeu água e tinha um sorriso de orelha a orelha", foi o título que saiu depois nas páginas dos jornais. "Não consigo beber durante a prova. Só no final", confessa.
Campeã do Mundo e da Europa nos 10 mil metros pista na categoria de veteranos, Marquinhas, como é conhecida pelos amigos, já participou em 58 provas internacionais e 181 nacionais. Nos mundiais e europeus, já arrancou 14 medalhas de ouro, outras tantas de prata e 10 de bronze.
"Sou uma recordista de tudo", afirma, enquanto o marido, que tem todos os dados arquivados, contabiliza os recordes de maratona do Mundo, dos 10 mil e dos 15 mil metros pista da Europa e do Mundo e dos oito quilómetros cross. O primeiro foi conseguido a 26 de Novembro de 1995, na Maratona de Lisboa, onde percorreu 42 quilómetros em 3 horas, 14 minutos e 57 segundos.
Para manter a forma, a atleta do Clube de Atletismo Super Estrelas e do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho, treina todos os dias cerca de uma hora, seja no Parque das Nações, quando se encontra na residência de Moscavide, na Quinta da Marialva ou na Apostiça, quando está na margem sul do Tejo.
Opiniões do grupo:
Gabriel
Apesar de todas as transformações físicas, psicológicas e sociais que são inevitáveis na chegada à chamada " velhice";esta é, na minha opinião, uma idade que deve ser estimulante e não de estagnação. Esta "jovem" é um excelente exemplo disso, ao treinar diariamente consegue estimular-se cognitivamente e fisicamente. É uma prova de que o exercício físico regular contribui para uma melhoria da qualidade de vida nas pessoas idosas.
Os estudos com idosos comprovaram: melhoria de capacidades físicas;promoção e melhoria da autoeficácia, autoconceito, autoestima, humor, imagem corporal, satisfação com a vida,felicidade e qualidade de vida em geral;diminuição dos níveis de tensão, ansiedade, depressão e insónia;diminuição do consumo de medicamentos; melhoria das funções cognitivas e socialização; características de personalidade mais desejáveis e maior longevidade.
Cabe, portanto, a nós futuros profissionais de desporto que possivelmente vamos trabalhar com pessoas nesta situação contribuir para uma crescente motivação destas para a prática de atividade física regular. Para isso devemos ser compreensivos com eles, saber escutar os seus problemas e inquietações e quando prescrevermos os exercicios saber muito bem a especificidade de cada um. Aquando a prática desportiva devemos estar ao seu lado e motivá-los de uma maneira moderada e compreensiva reconhecendo as suas limitações, mas nunca transparecendo isso para o exterior.
Os exercícios que recomendamos devem ser atraentes e diversificados; praticados com moderação, gradualmente e com companhia.
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