Opiniões do grupo:
Gabriel
Porque se parecem os membros da mesma família? Evidentemente, é porque possuem em comum dados primitivos que provêm de um mesmo potencial genético.
Poderemos afirmar como os geneticistas do comportamento, que as tendências pessoais: altruísmo, agressividade, atitude sociais e políticas... estão essencialmente em relação com os factores genéticos? podemos duvidar das suas conclusões, visto que os seus trabalhos se baseiam em populações que vivem em meios com referências semelhantes. Os próprios pesquisadores reconhecem que quanto mais homogéneo é o ambiente, mais os fatores genéticos da conduta são postos em evidência.
Também é certo que as tendências pessoais, bem como as estruturas somáticas são, em grande parte, determinadas pelos fatores genéticos: é a noção de hereditariedade.
Em que medida podemos afirmar, da mesma forma, que a inteligência depende de 80% dos dados herdados e que o ambiente é apenas um revelador? É a noção de hereditabilidade sustentada pelos inatistas.
Para os ambientalistas, não se pode confundir hereditariedade e hereditabilidade.Eles fornecem como prova que, quanto mais nova é a criança, mais sensível ela é à influência do meio.
Uma experiência sobre a contribuição do meio
Num estudo realizado em 1965, o americano Skeels relata o desenvolvimento de dois grupos de crianças:
-13 crianças de menos de 3 anos (média: 19,4 meses), com um quociente de desenvolvimento de 0,64 são confiadas a rapariguinhas espertas e mais velhas;
-12 crianças da mesma idade,vivendo na mesma instituição e tendo um Q.D de 0,88 são deixadas com os outros pequeninos.
Após dois anos, o primeiro grupo ganha 27,5 de Q.D., o segundo grupo perde 16,1.
24 das mesmas crianças foram seguidas durante vinte e um anos. As do primeiro grupo foram colocadas em famílias adotivas,as crianças do segundo permaneceram na instituição.
Na idade adulta, constatou-se que os sujeitos que haviam seguido estudos secundários e superiores eram todos independentes profissionalmente.No segundo grupo, 50% não tinham profissão.
Defendo também uma perspetiva ambientalista que considera o meio como fator essencial ao desenvolvimento do ser humano. Os fatores genéticos e o meio interagem no sentido da construção do EU do sujeito.Contudo, eu considero o meio mais importante neste processo, desde que não hajam fatores genéticos limitativos da aprendizagem ( por exemplo atrasos mentais). O meio envolvente é essencial, principalmente nos chamados períodos críticos.
Para mim a criança inicia a construção de si mesma através da experiência com o mundo que a envolve.Esta experiência global, que exprime a tendência da criança em atualizar as suas possibilidades acompanha-se de um contínuo processo de auto-avaliação.Como a interações se desenvolvem e se organizam em atividades cada vez mais combinadas , a consciência de existir amplia-se, conduz à noção do EU enquanto objeto da percepção e da experiência.
Hugo
"MgGue e Lykken (1992), em outro exemplo curioso, verificaram que, se você tem um gêmeo idêntico que se divorcia, suas chances de se divorciar são seis vezes maiores do que seriam se seu irmão, por exemplo, não tivesse passado pela experiência do divorciar-se. Bem, se você tem um irmão gêmeo fraterno (não idêntico) divorciado suas chances caem para apenas duas vezes mais. A idade dos sujeitos variava entre 34 a 53 anos.
Em um artigo consistente sobre este tema, Jockin, Mcgue & Likken (1996, p. 296) concluiram que a personalidade prediz o risco do divórcio e, mais específicamente, “ isso ocorre em grande parte por causa da genética mais do que pelas influências do meio de que eles compartilham”. "
Na minha opinião, esta afirmação nao se pode basear na genética, pois não haverá provas que exista um gene que condionará a decisão de divórcio ou não. Além de os gémeos terem genes idênticos, a sua experiência vai ter um certo papel na sua personalidade e decisões. Evidentemente, a sua génetica traçará caracteristicas muito semelhantes, mas nunca idênticas, até porque tem tendencia a diferenciarem um pelo outro pela sua convivência. A questão mais dificil de abordar, para mim, é no caso de eles serem separados, e educados em ambiente completamente diferentes. No ponto de vista, eles iam se diferenciar bastante, pelas suas experiencias vividas. Mas, pode não ser bem assim, como defende o blog que passo a referir. Torna-se dificil comentar quando opinões se diferem tão abundantemente.
http://cienciaemente.blogspot.pt/2008/07/gmeos-idnticos.html
"MgGue e Lykken (1992), em outro exemplo curioso, verificaram que, se você tem um gêmeo idêntico que se divorcia, suas chances de se divorciar são seis vezes maiores do que seriam se seu irmão, por exemplo, não tivesse passado pela experiência do divorciar-se. Bem, se você tem um irmão gêmeo fraterno (não idêntico) divorciado suas chances caem para apenas duas vezes mais. A idade dos sujeitos variava entre 34 a 53 anos.
Em um artigo consistente sobre este tema, Jockin, Mcgue & Likken (1996, p. 296) concluiram que a personalidade prediz o risco do divórcio e, mais específicamente, “ isso ocorre em grande parte por causa da genética mais do que pelas influências do meio de que eles compartilham”. "
Na minha opinião, esta afirmação nao se pode basear na genética, pois não haverá provas que exista um gene que condionará a decisão de divórcio ou não. Além de os gémeos terem genes idênticos, a sua experiência vai ter um certo papel na sua personalidade e decisões. Evidentemente, a sua génetica traçará caracteristicas muito semelhantes, mas nunca idênticas, até porque tem tendencia a diferenciarem um pelo outro pela sua convivência. A questão mais dificil de abordar, para mim, é no caso de eles serem separados, e educados em ambiente completamente diferentes. No ponto de vista, eles iam se diferenciar bastante, pelas suas experiencias vividas. Mas, pode não ser bem assim, como defende o blog que passo a referir. Torna-se dificil comentar quando opinões se diferem tão abundantemente.
http://cienciaemente.blogspot.pt/2008/07/gmeos-idnticos.html
Diogo Pereira
ResponderExcluirÉ verdade, muito da personalidade e inteligência adquirida pelas pessoas, advém do código genético...
Mas, como foi mostrado com este estudo, o acompanhamento ao longo da vida (e principalmente durante os primeiros anos de vida) por parte de outras pessoas (família e amigos) pode alterar a mentalidade/personalidade das pessoas. Logo, até a nível da inteligência, a pessoa poderá vir a ser mais ou menos inteligente dependendo da inteligência das pessoas com quem conviverá.
Neste caso, as crianças que passaram o tempo com as raparigas mais velhas, desenvolveram-se mais rápido, uma vez que estavam a conviver com as raparigas mais velhas e com um nível considerável de inteligência.
André
ResponderExcluirComo defendem alguns autores da psicologia, o Q.I. pode evoluir ao longo da vida do ser humano ser for estimulado e a sua variação é inversamente proporcional à idade, ou seja, varia mais nas crianças que nos adultos. Nesta experiência é possível verificar que as crianças que foram acompanhadas por raparigas mais velhas e inteligentes, foram influenciadas por estas, adoptando comportamentos mais maduros e evoluindo mais rapidamente que as outras, quer ao nível dos comportamentos, quer ao nível intelectual.